Bonito não porque é mágico ou sobrenatural. Não é nada disso!
É bonito porque é tecido no ordinário, costurado nas miudezas, escrito nas entrelinhas.
Ele nasce dos olhares durante as trocas de fraldas, nas madrugadas frias alimentando seu filho.Nasce nas mãos entrelaçadas quando o bebê começa a querer caminhar.
Ele nasce nas mãozinhas pedindo colo, e na calmaria, depois do choro sentido, que o seu filho encontra somente no seu abraço.
Nasce na respiração funda, que exala paz e segurança, assim que ele pega no sono aconchegado nos seus braços.
Ele nasce nas histórias contadas antes de dormir. Naquelas lidas nos livros infantis ou sobre a dor da primeira paixão não correspondida.
Nasce no beijo no dodói ou no abraço apertado que alivia a dor das frustrações e desilusões.
É o amor mais bonito que o mundo já viu porque nasce do desconforto, dos desafios, do esforço.
Nasce na beleza da admiração mútua. Bonito porque segue sendo construído mesmo nos momentos mais difíceis das nossas vidas. E nos melhores também.
Bonito porque independente das circunstâncias, é um amor que nunca desiste.
É construído em cima de suor, lágrimas, alegrias, suspiros, pausas, tropeços, nos maiores tombos e nas maiores conquistas!
Bonito porque tem cheiro, cores, apelidos, sabor, toque, manias e memórias afetivas tão íntimas e profundas que são capazes de ficar impressas na alma.
Bonito porque registra exemplo, oferece alicerce, conta uma história, deixa raízes.
Bonito porque é humano, falho, real! E principalmente porque, apesar de não ser sobrenatural, mesmo quando as luzes se apagam, mesmo quando a gente vai, ele fica!
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