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39º ☕Café com a Direção - Como a Comunicação Não Violenta (CNV) pode ajudar a transformar a relação entre pais e filhos


No encontro do Café com a Direção do mês de abril falamos sobre Comunicação Não Violenta (CNV), o encontro foi conduzido pela Renata Geraldo, Orientadora Educacional do Ensino Médio.

A comunicação é uma habilidade fundamental para os seres humanos, sendo utilizada em todas as áreas da vida, nas mais diversas formas. É essencial buscar constantemente o aprimoramento, uma vez que somos seres eminentemente sociais e a comunicação é a base da nossa integração. A Comunicação Não Violenta (CNV) apresenta, de forma prática, habilidades que envolvem o processo de comunicação, o saber falar e o saber ouvir como formas de desenvolvimento interpessoal.


A CNV é um modo de expressão desenvolvido pelo psicólogo Marshall B. Rosenberg, que busca aprimorar as relações interpessoais, conectando-nos às nossas necessidades e aos outros, com o objetivo de falar sem ferir e ouvir sem se ofender. Trata-se de uma abordagem aplicável a todos os níveis de comunicação, em diversos contextos. Essa metodologia de comunicação nos permite desenvolver nosso estado compassivo natural, reformulando a maneira como nos expressamos e ouvimos o outro. Envolver uma prática reflexiva que considere as necessidades e expectativas de ambas as partes do processo comunicacional. Em vez de nos concentrarmos apenas nas atitudes e falas de outra pessoa, focamos em suas necessidades, desenvolvendo um olhar mais compassivo e empático.

É importante ressaltar que, ao falarmos de “não-violência”, não estamos nos referindo a algo que nos torna facilmente influenciáveis ​​ou passivos diante das situações. A CNV reformula a maneira como nos expressamos e ouvimos o outro, consistindo em um método de resolução de conflitos, que nos leva a nos colocar no lugar do outro, desenvolvendo empatia e promovendo formas de convivência mais harmoniosas e congruentes.


Esse modo de expressão e escuta capacita as pessoas a se envolverem em diálogos ricos e eficazes, elaborando suas próprias soluções para condições adversas de maneira segura. Assim, a CNV ajuda a evitar conflitos, resolvê-los pacificamente e focar nos sentimentos e necessidades de todos. É, portanto, um exercício de empatia e humanidade.

Marshall, em seu Modelo de Comunicação Não Violenta, aborda quatro componentes essenciais que servem de base para qualquer tipo de comunicação, tanto ao expressar-se quanto ao ouvir. Grande parte dessa envolve a capacidade de expressar de forma clara e honesta esses quatro elementos, bem como metodologia de recebê-los com empatia dos outros. Esse processo é válido tanto na comunicação verbal quanto em outros meios.

Observação: refere-se às situações que estamos observando e vivenciando e que afetam nosso bem-estar;

Sentimento: refere-se a como nos sentimos diante do que estamos observando;

Necessidades: consulte-se às necessidades (valores, desejos etc.) relacionadas aos sentimentos identificados;

Pedido: refere-se às ações concretas que solicitamos a outra pessoa com o intuito de enriquecer nossa vida.

Os quatro componentes acima mencionados podem ser transmitidos sem a necessidade de pronunciar uma única palavra. A essência dessa forma de comunicação está na consciência desses quatro elementos e no desejo de expressar-se e ouvir com compaixão, honestidade e empatia. Portanto, a pessoa com quem você está se comunicando não precisa necessariamente obter um CNV. Ao inserir sincera e sinceramente esses princípios em seu modo de comunicar, demonstrando seu objetivo de desenvolver uma relação congruente, harmoniosa e compassiva, um grande passo já terá sido dado e o processo fluirá naturalmente com o tempo.

"É impossível um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe." (Epíteto)

       




Referências:
Rosenberg, Marshall B. Comunicação Não-Violenta: Técnicas para aprimoramento de relacionamentos pessoais e profissionais. 3.ed. São Paulo: Ágora, 2006;

Seligman, Martin EP Seligman – Florescer – Uma nova compreensão da Felicidade e do bem-estar, 2019.

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