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Estilos Parentais apresentados no livro

PAIS SIMPLISTAS

  • Não dão importância aos sentimentos da criança
  • Ignoram os sentimentos da criança
  • Querem que as emoções negativas da criança desapareçam logo
  • Costumam tentar distrair a criança para fazê-la esquecer as emoções
  • São capazes de ridicularizar ou fazer pouco das emoções da criança
  • Acham que os sentimentos da criança são irracionais e, portanto, não contam
  • Demonstram pouco interesse no que a criança está tentando comunicar
  • Podem ser incapazes de perceber as próprias emoções e as dos outros
  • Sentem-se constrangidos, assustados, ansiosos, aborrecidos, magoados ou espantados com as emoções da criança
  • Temem descontrolar-se emocionalmente
  • Dão mais importância à superação que ao significado das emoções 
  • Acham que as emoções negativas são prejudiciais ou "tóxicas"
  • Acham que ficar pensando nas emoções negativas só vai "piorar as coisas"
  • Não sabem o que fazer com as emoções da criança
  • Vêem as emoções da criança como uma exigência para "consertar" as coisas
  • Acham que as emoções negativas mostram que a criança está desajustada
  • Acham que as emoções negativas da criança depõem contra seus pais
  • Minimizam os sentimentos da criança, desmerecendo os acontecimentos que causaram a emoção
  • Não tentam resolver o problema com a criança, acham que os problemas se resolvem com o tempo
Efeitos desse estilo sobre a criança: Ela aprende que seus sentimentos são errados, impróprios, inadequados. Pode aprender que há algo intrinsecamente errado com ela por causa do que ela sente. Pode ter dificuldade em regular as próprias emoções.


PAIS DESAPROVADORES

  • Demonstram muitas das atitudes dos pais simplistas, mas de uma forma mais negativa
  • Julgam e criticam a expressão emocional da criança
  • Estão preocupados demais com a necessidade de controlar os filhos
  • Enfatizam a obediência a bons padrões de comportamento
  • Repreendem, disciplinam ou castigam a criança por manifestações de emoção, esteja a criança agindo mal ou não 
  • Acham que a manifestação de emoções negativas deve ter limite de tempo
  • Acham que as emoções negativas precisam ser "controladas"
  • Acham que as emoções negativas refletem deficiência de caráter
  • Acham que a criança usa emoções negativas para manipular, isso provoca disputa pelo poder
  • Acham que as emoções enfraquecem as pessoas, as crianças precisam ser emocionalmente fortes para sobreviver
  • Acham que as emoções negativas são improdutivas, uma perda de tempo
  • Vêem as emoções negativas (especialmente a tristeza) como um bem a ser poupado
  • Preocupam-se bastante com a obediência da criança à autoridade
Efeitos desse estilo sobre a criança: Os mesmos que o do estilo simplista.


PAIS LAISSEZ - FAIRE

  • Aceitam livremente qualquer expressão de emoção por parte da criança
  • Reconfortam a criança que esteja experimentando sentimentos negativos
  • Quase não procuram orientar o comportamento da criança
  • Não orientam a criança sobre as emoções
  • São permissivos, não impõem limites
  • Não ajudam a criança a resolver problemas
  • Não ensinam à criança métodos para solucionar problemas
  • Acham que pouco se pode fazer a respeito das emoções negativas, a não ser afastá-las
  • Acham que administrar emoções negativas é uma questão de hidráulica, basta liberar a emoção
Efeitos desse estilo sobre a criança: Ela não aprende a regular as emoções, tem dificuldade de se concentrar, de fazer amizades, de se relacionar com outras crianças.


PAIS PREPARADORES EMOCIONAIS
  • Vêem nas emoções negativas uma oportunidade de intimidade
  • São capazes de perder tempo com uma criança triste, irritada ou assustada, não se impacientam com a emoção
  • Percebem e valorizam as próprias emoções
  • Vêem nas emoções negativas uma oportunidade importante para agirem como educadores
  • São sensíveis aos estados emocionais da criança, mesmo os sutis
  • Não ficam confusos nem ansiosos com a expressão de emoção da criança, sabem o que precisa ser feito
  • Respeitam as emoções da criança
  • Não ridicularizam nem fazem pouco das emoções negativas da criança
  • Não dizem como a criança "deve" se sentir
  • Não sentem que precisam resolver todos os problemas para a criança
  • Usam os momentos de emoção para: escutar a criança, demonstrar empatia com palavras tranquilizadoras e afeição, ajudar a criança a nomear a emoção que ela está sentindo, orientar na regulamentação das emoções, impor limites e ensinar manifestações aceitáveis da emoção, ensinar técnicas de solução de problemas
Efeitos desse estilo sobre a criança: Ela aprende a confiar em seus sentimentos, regular as próprias emoções e resolver problemas. Tem auto estima elevada, facilidade de aprender e de se relacionar com as pessoas.

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