As famílias foram convidadas a lerem o texto “Mães Más”, facilmente encontrado na internet e escrito pelo Dr. Carlos Hecktheuer - médico psiquiatra, para impulsionar a reflexão.
Arrumar a própria bagunça, desenvolver o senso de responsabilidade fazendo com que assumam as consequências dos seus erros, prezar por uma alimentação saudável e não permitir que assistam programas que não são para sua faixa etária foram algumas situações cotidianas trazidas para que o debate se desse às voltas da pergunta: Mãe é chata? É possível ensinar o que é certo e errado, é possível desenvolver autonomia e responsabilidade, é possível transmitir valores sem ser chata?
Acreditamos que filhos precisam de mães chatas. Que a sociedade precisa de mais mães chatas. Mães que acompanham, que participam, que conhecem os passos dos seus filhos. Mães que fortalecem os filhos para a vida.
O fechamento trouxe um contraponto interessante nos remetendo ao encontro anterior onde abordamos a sobrecarga materna. Essa observação nos transportou para esse lugar ao identificarmos que, muitas vezes, a mãe não é a chata, estressada, mandona. Ela é a sobrecarregada. É a mãe que sabe do médico, das fraldas, das roupas, das comidas, dos horários, das tarefas… e a sobrecarga da mulher é tão normalizada que se torna invisível até para ela. Não raras as vezes, a conta desse peso chega num mau humor que é o reflexo de um cansaço extremo, que eclode após pedir pela 10ª vez para a criança ir para o banho, para o adolescente sair do celular porque é hora de dormir, e tantas outras situações que parecem pequenas se olhadas isoladamente, mas que num contexto de tudo o que precisa ser planejado, pensado e executado pelas mães, podem se traduzir num esgotamento mental.
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